Lixão a céu aberto causa transtornos para motoristas e moradores em Rorainópolis

  • 30/04/2024
(Foto: Reprodução)
Acúmulo de lixo fica às margens da entrada da Vicinal 01 e chega a impedir a passagem de veículos. Prefeitura de Rorainópolis informou que deve implantar um aterro sanitário de pequeno porte moderno ainda em 2024. Lixão fica localizado na vicinal 01, em Rorainópolis Alessandro Leitão/Rede Amazônica Moscas, ossadas de animais mortos, entulho e chorume que escorre pela estrada. Este é o cenário para os motoristas e moradores que passam às margens da entrada da Vicinal 01, a 5 km do Centro da cidade de Rorainópolis, no Sul de Roraima. O problema é causado por acúmulo de resíduos em um lixão a céu aberto no município. A Rede Amazônica esteve no local no último sábado (26) e flagrou o acúmulo de lixo às margens da rodovia. Procurada, a prefeitura de Rorainópolis afirmou que determinou ao seu corpo técnico que imediatamente passasse a realizar estudos para encerramento do lixão e implementação de aterro sanitário de pequeno porte até 2024. "Os estudos ambientais já estão finalizados e as peças técnicas já estão sendo produzidas para que ainda em 2024 a prefeitura de Rorainópolis possa estar recuperando a área degradada pelo antigo lixão e implantando um aterro sanitário de pequeno porte moderno e que atenda as necessidades do município". Morador da região há 10 anos, Eliezer Viera, transita todos os dias pela vicinal e afirma que os moradores já chegaram a fazer protestos para pedir soluções para o problema, mas até o momento segue sem resposta. “Você está vendo a situação que convivemos aqui nessa região, pode ver a imundice aqui [...] Eu mesmo aqui já presenciei ser preciso beirar a estrada, porque o lixo está no meio da estrada várias vezes. Eu passo aqui todos os dias, eu já moro aqui há mais de dez anos e passo aqui vendo essa situação”, reclamou. A área recebe lixo de toda cidade, que tem a segunda maior população de Roraima com 32,6 mil moradores. Rorainópolis tem uma densidade demográfica de 0,97 habitantes por km² e uma média de 3,24 moradores por residência. O oleiro José Ribamar frequenta o lixão há dois anos para coletar materiais descartados para a olaria dele por pelo menos duas vezes na semana. Ele relata que alguns moradores da cidade também jogam outros materiais no local como cercas de madeira, movéis e outros entulhos. "A máquina não vem aqui para fazer o trabalho, eles fazem manualmente e nós ficamos nessa situação. Por que não é tão fácil trazer uma máquina aqui? [...] Os caminhões que não pertencem à prefeitura despejam lixo na beira da estrada, que está completamente tomada de lixo. E agora, no verão, não é possível queimar o lixo, e no inverno, como eles vão lidar com isso?", questionou. Acúmulo de lixo no local gera transtornos Alessandro Leitão/Rede Amazônica Problema ambiental e social Aprovada em 2010, a lei que estabeleceu o Plano Nacional de Resíduos Sólidos previa originalmente o prazo para o encerramento dos lixões pelo país até 2014, mas muitos municípios do país à época alegaram dificuldade financeiras para cumprir o prazo estabelecido. Em 2020, o Congresso Nacional estendeu por mais quatro ano o prazo para o encerramento dos lixões pelo país. Agora, os municípios têm até agosto deste ano para encontrar alternativas para a destinação dos resíduos. Para o engenheiro sanitaristas Paulo Alves, a prática é um dos grandes problemas enfrentados pelo Brasil. “Embora, mais de 40% dos municípios brasileiros ainda usam dessa prática para deposição dos resíduos sólidos. Os lixões hoje no Brasil, são os gargalos para avançarmos rumos a universalização do saneamento nesta área. São muitos problemas desencadeados a partir dos lixões, estes vão desde os problemas sociais, ambientais, econômicos e de saúde pública”, explicou o engenheiro sanitarista Paulo Alves. Dois catadores que, não quiseram se identificar relataram à Rede Amazônica que carros de coleta de coleta de lixo do município já não conseguem entrar no lixão devido ao acúmulo de materiais no local. Por conta disso, acabam descartando nas margens da estrada, o que causa o bloqueio do tráfego de veículos. Lixão fica acumulado próximo à rodovia Alessandro Leitão/Rede Amazônica Além do bloqueio do tráfego, entre os problemas causados pelos lixão estão a possível disseminação de doenças causada pela presença de moscas, ratos e baratas, segundo o engenheiro sanitarista. Além disso, a queima do lixo causa poluição do ar e disseminação de poluentes cancerígenos e complicadores do trato respiratório e neurológico. Para ele, a existência de lixões vai muito além da tragédia ambiental em si, tendo reflexo principalmente na faixa mais humilde e periférica das cidades brasileiras. “A presença de catadores, que vivem nestes locais em busca da sobrevivência. A Lei 12305/2010, proíbe a presença desse tipo de pessoas, e obriga os municípios a criarem cooperativas de catadores, no sentido de resolver e dar uma garantia de vida melhor as pessoas nessa situação de vulnerabilidade social", explicou. Catador no lixão em Rorainópolis, ao Sul de Roraima Alessandro Leitão/Rede Amazônica Leia outras notícias do estado no g1 Roraima. 📲 Acesse o canal do g1 Roraima no WhatsApp

FONTE: https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2024/04/30/lixao-a-ceu-aberto-causa-transtornos-para-motoristas-e-moradores-em-rorainopolis.ghtml


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